quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

«O Castigo», de Miguel Torga

Na noite de S. João, o Bernardo bateu à porta de um médico, aflito, pedindo-lhe que fosse ver a sua patroa que estava em trabalho de parto e tinha o bebé atravessado. O médico acompanhou-o prontamente (são capazes de imaginar o porquê? Terá sido porque o seu dever deontológico assim o obrigava ou haveria uma razão mais profunda para tal pressa?) e, depois de apalpar e auscultar a barriga da senhora, confirmou que o bebé estava, na verdade, atravessado. O que fazer? Levá-la para o hospital.
Mas o trabalho de parto não foi nada fácil: rutura do útero, criança morta, jato de sangue, médico que deixa o caso a um colega, o Dr. Daniel.
Quando a senhora acordou e soube que o seu filho estava morto logo considerou tratar-se de um castigo divino, tendo pedido perdão ao marido. Porque havia ele de perdoá-la? Que ato(s) grave(s) terá ela cometido? Terá sido perdoada? Qual o seu fim?

Daniela Figueiredo, nº 5, 10º A [ESNelas]

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