domingo, 27 de maio de 2012


[ESNelas]
Lágrimas Para Irmãos Siameses
 

O conto fala de dois irmãos siameses, Osório e Irrisório, nascidos com os braços fundidos (um de cada um deles).
Havia a hipótese de os separar quando eram pequenos, mas a mãe não quis, afirmando que, se nasceram assim, assim ficavam.
Osório era o mais espevitado, Irrisório o mais introvertido.
Davam-se muito bem, até que Osório se apaixonou por Marineusa. Decidiram fazer uma reunião familiar e o pai logo avisou que se deviam separar, argumentando: “Vão ver, o amor junta, o amor separa”. Mas os irmãos recusaram.
Certa noite, Marineusa dormiu junto dos irmãos. Osório pareceu ter visto Irrisório a aproveitar-se da rapariga.
A relação começou a complicar-se. Marineusa parecia gostar dos dois, o que fez com que discutissem. Osório disse que queria separar-se do irmão. Voltaram a discutir e chegaram mesmo a brigar. Ninguém conseguia fazer com que eles se reconciliassem, até que, no meio da confusão, apareceu Marineusa a chorar. Recolheu as lágrimas na concha da mão e chamou os irmãos para verem. O que eles observaram foi um cordão de lágrimas interligadas como um colar, lágrimas siamesas, e em cada uma das gotas estava o rosto de Osório e Irrisório, alternadamente. A rapariga pôs o colar de lágrimas em redor dos irmãos, beijou-os na face, e foi-se embora.
Tal como o pai dos irmãos havia vaticinado: «O amor junta, o amor separa».

Carlota, Nº 1, 10º A

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O espião que veio do quente


O narrador deste texto conta-nos a história de um homem, o João Trapézio, que trabalhava numa biblioteca, em Faro. Ele adorava ler livros e ver documentários sobre espionagem, aliás sempre quis ser um espião.
A sua primeira grande experiência policial foi quando regressava a casa de uma viagem. Ia ele na Ponte 25 de Abril, quando teve um acidente, ou melhor, provocou um acidente. Com medo de ser preso, fugiu e iniciou uma perseguição policial. Felizmente, para ele, conseguiu despistar os dois carros da polícia que o perseguiam.
Mais tarde, um grande amigo do João, o Alec, que sabia que ele se interessava muito por espionagem, pediu-lhe que descobrisse se a sua secretária o enganava com outro. Então, o João, digno de um espião do MI7, descobriu todas as informações possíveis sobre a secretária. Instalou um vírus no computador pessoal da secretária para ter acesso a todos os emails e documentos pessoais, seguiu-a, no carro emprestado pelo seu amigo, para todo o lado e até preparou esquemas (como colocar um relógio de ponteiros na roda traseira do carro da secretária, para quando ela saísse, o relógio partir à hora em que estava a sair) para descobrir se a secretária dizia a verdade quando afirmava que ficava na empresa até tarde. Quando o João terminou a sua investigação, descobriu que a secretária do Alec não se andava a encontrar com um homem, mas sim com uma mulher, dando-lhe envelopes em todos os encontros que tinham.
Este conto é bastante divertido, tem suspense e faz uso de uma linguagem simples e que se percebe facilmente, por isso recomendo-o a todos que o queiram ler.
O único senão é que não tem um final bem delineado … este fica ao critério do leitor.

Ruben Daniel Coelho Lopes nº 26 10ºA   - Escolas de Mangualde

"A Morta" de Guy de Maupassant


            O conto que eu escolhi  intitula-se  “A Morta” de Guy de Maupassant. Entre tantos que eu tinha para escolher, escolhi logo este pois só o seu título me agarrou logo no início.
            Apesar de ser um bocado confuso, é muito interessante e agarra-nos até ao final. O narrador fala-nos de um amor entre duas pessoas em que uma delas perde a outra e ficamos a saber como passa a ser a sua vida depois disso.
            Aconselho-vos a lerem. Aposto que vão adorar e talvez consigam retirar alguma moral ou pensamento ético desta história.
            Concordo e agrada-me este projecto em que nós estamos envolvidos. Penso que é uma maneira interessante de motivar muitas pessoas para a leitura, pois juntar um livro, o que aparentemente muita gente acha aborrecido, a uma tecnologia avançada como um tablet, um instrumento que agrada a muitos, principalmente à camada jovem, faz com que haja mais motivação e interesse para a leitura de livros, que é o objetivo deste projeto.



Sónia - 10º A - Escolas de Mangualde

sábado, 5 de maio de 2012


O Bruxedo de Miguel Torga

Eu gostei muito de ler este conto porque fala de um tema muito controverso, bruxaria, existindo pessoas que acreditam e outras que dizem não acreditar.

Como se costuma dizer “Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há!”.

Quando uma pessoa se queixa de estar sobre o efeito de um bruxedo, o comum das pessoas desvaloriza e tende sempre a levar para o campo das doenças como indigestões, tensões arteriais, nervos, etc. Porém existem outras pessoas que acreditam piamente em bruxedos, que consistem em rezas, rituais e diversas artimanhas, os quais tanto podem servir para fazer mal às pessoas como para protegê-las ou livrá-las de males que já tenham. O que é certo, coincidência ou não, por vezes, as pessoas acabam por sentir os efeitos destes métodos espirituais.

No caso deste conto de Miguel Torga, a Melra estava ciente que estava a ser alvo de um feitiço por parte de uma bruxa, o que lhe provocava muitas dores e um grande mal-estar. O seu marido, que não acreditava em nada disso, desvalorizava esse pensamento e não ligava ao pedido dela, que queria ser tratada por uma santa. Mais tarde lá se convenceu de que ela estava mesmo mal, mas apenas se dispôs a ir ao médico no dia seguinte.

O que é certo é que a Melra acabou por falecer naquela noite e o seu marido, desesperado, ao abrir a porta de casa para ir em busca de ajuda, deparou-se com um conjunto de farrapos com a forma humana, cravado de cima a baixo com alfinetes e um prego trespassado no coração.



Nuno Fernandes 10.ºA
(AEPC)

Raízes

Mia Couto

“Raízes”, conta a história de um homem que adormece em cima de terra e, quando acorda, não se consegue mexer, pois tinha criado raízes. Pede ajuda à sua mulher. Esta tenta cortá-las, mas acaba por parar ao ver o sangue que saía das raízes. Estupefacta, pergunta ao seu marido se sente dor, mas ele nada sentia.
  O homem gritava para que o tirassem dali. Juntaram-se várias pessoas da aldeia, que escavaram o mais fundo possível, mas as raízes cresciam cada vez mais e estavam cada vez mais profundas. No meio da confusão houve alguém que era conhecedor dos planetas que disse “todas estas raízes darão a volta ao mundo”. Então, todos desistiram de escavar. A sua mulher já não sabia o que fazer, por isso chamou os sábios que decidiram que a única solução seria plantar a sua cabeça na lua. E assim fizeram.

 Terá sido essa a forma como nasceu o primeiro poeta.

 


 Na minha opinião este conto demonstra a ligação de um poeta com o mundo que o rodeia. Ele vai criando raízes com tudo o que existe à sua volta, que lhe serve de inspiração para a escrita dos poemas.
  No caso de António Emílio Leite Couto, que para além de escritor é biólogo, nos seus livros escreve acerca da natureza pois, ele esteve sempre ligado à natureza desde a sua infância em Moçambique até aos dias de hoje devido à sua profissão. De algum modo a natureza marcou a sua vida.

  Eu gostei deste conto, pois levou-me a pensar o porquê de se dizer que os poetas são pessoas que andam com a cabeça na lua e se serão eles pessoas diferentes das outras na maneira de ver o mundo.
   Para mim eles são apenas pessoas que têm um olhar mais pormenorizado sobre o mundo que os rodeia e têm dificuldade em esquecer as marcas das vivências do passado.       
Mónica, 10ªA (AEPC)