sexta-feira, 13 de abril de 2012

A luavezinha - Mia Couto

[ESNelas]


Estamos perante a história de uma menina com dificuldades em adormecer e a história que o seu pai lhe conta para a ajudar. A história tem como protagonista uma pequena ave que sonha no seu poleirinho em pisar a lua um dia. Certa noite, de lua cheia, ela lança-se nos céus, cheia de sonhos, e voa, voa, voa. Será que consegue alcançar o seu sonho e pisar o solo pétreo da lua? Não será um sonho mais poderoso do que qualquer impossibilidade física? Segundo este pai, tudo parece ser possível, e portanto a avezinha, após tanto esforço, consegue! O que terá acontecido depois disso?
                                                                          Marta da Costa Sampaio, Nº 16, 10º A
[ESNelas]



Lágrimas para irmãos siameses

O conto “Lágrimas para irmãos siameses” gira em torno da história de dois irmãos siameses, ligados por um braço, que se apaixonaram pela mesma rapariga. Os dois, desde pequenos, eram muito cúmplices e amigos e sempre disseram que nunca se “separariam”; o pai deles sempre defendeu que o melhor era que se “separassem”, porque previa que quando se apaixonassem haveria problemas. E o inevitável aconteceu: os dois irmãos apaixonaram-se pela mesma rapariga, e, apesar de sempre terem acordado que jamais se separariam, chegou o momento em que tiveram de fazer a escolha. Será que se “separam” mesmo? E para sempre? Terão tido a capacidade para contornar a situação? O que prevaleceu: o amor entre irmãos, o amor pela mulher amada ou ambos?

 Gémeos xifópagos (siameses)
Os gémeos xifópagos, ou siameses, são monozigóticos, formados a partir do mesmo zigoto, estando ligados por uma parte do corpo ou tendo uma parte do corpo comum aos dois. O embrião de gémeos xifópagos é, então, constituído por apenas uma massa celular, sendo desenvolvido na mesma placenta, com o mesmo saco amniótico.
Em alguns casos, a união acontece depois, ou seja, são gémeos idênticos separados que se unem em alguma fase da gestação por partes semelhante: cabeça com cabeça; abdómen com abdómen; nádegas com nádegas, etc. Quando vemos alguma notícia de gémeos que foram "separados" por cirurgia, trata-se, quase sempre, de um caso destes.

                                                                                                      Luís Pedro Cardoso, Nº 14, 10º A

Singularidades de uma Rapariga Loira

[ESNelas]


 Este conto é, de facto, fantástico. Não me refiro apenas à trama, mas também ao facto de como Eça de Queirós consegue retratar a sociedade da época e os valores por que se guiavam.
De uma forma muito resumida e direta, trata-se de uma história de amor. Não apenas só mais uma. Este texto retrata um amor profundo e diferente, com valores e ideais morais envolvidos. Prova-se que o amor nem sempre vence todas as dificuldades e todos os obstáculos. Mas porquê?
Tudo sucede devido a um “acidente singular da vida amorosa”. Macário é a personagem principal. Este conta a sua história a um desconhecido numa estalagem, que, por sua vez, nos conta a história a nós.
Macário era um homem honesto, humilde e fiel aos seus valores que levava uma vida que o satisfazia. Trabalhava como escrituário com o seu tio Francisco, um homem exigente, disciplinado e rígido.
Então, chegou o dia que viria a mudar para sempre o resto da sua vida. Viu, no peitoril de uma janela, uma rapariga lindíssima, como nunca antes tinha visto. Esta tinha cabelos loiros e compridos, pele clara e dentes brancos como pérolas. Era uma rapariga jovem e única, com cerca de 20 anos. Era Luísa.
Macário apaixonou-se imediatamente pela sua vizinha. O amor era tal que Macário nunca mais foi o mesmo, tal era a paixão que o nutria pela bela rapariga.
Conheceram-se.
Macário fazia tudo para poder estar perto de Luísa e, por isso, passou a frequentar os eventos a que ela ia, tudo para que pudesse estar perto da mulher dos seus sonhos. Mas todos estes encontros ficaram marcados por diversos e estranhos acontecimentos, todos eles explicados pelo inesperado final desta história de amor. 
Macário, profundamente apaixonado, decide casar com Luísa. Um beijo profundo foi o grande motivo para tal decisão. Foi pedir licença ao seu tio, com quem vivia, autorização, mas este não permitiu o casamento. Macário continuava a insistir no seu noivado, por isso o seu tio Francisco despediu-o como funcionário e, consequentemente, ignorou-o como sobrinho.
Macário não desistiu da sua Luísa, porque acreditava que ia conseguir arranjar um bom emprego. Não conseguiu e viveu na miséria.
Finalmente, surge uma oportunidade. Um amigo seu propôs-lhe ir para Cabo Verde trabalhar. Macário aceitou e pediu a Luísa que esperasse por ele até conseguir arranjar algum dinheiro.
Voltou para Portugal e pediu Luísa em casamento, que aceitou imediatamente.   
A fortuna que tinha feito rapidamente se perdeu.
Foi novamente falar com o seu tio para se despedir e, surpreendentemente, este aceitou-o de volta a sua casa, tal como o seu casamento com Luísa. Os bons ventos tinham regressado. 
Macário e Luísa foram comprar o anel de noivado a uma joalharia. E é neste mesmo local que se dá o momento mais marcante e decisivo da história. O momento que leva Macário à completa desilusão e tristeza. Macário sente-se completamente enganado e traído ao ouvir as palavras do joalheiro. Não podia acreditar!
Todo o amor que sentia por Luísa estava a desvanecer. Mas o que se tinha passado? O que poderia Luísa ter feito para ter destruído tamanhal paixão? Que ato horrível e desonesto poderia Luísa ter cometido que levasse Macário a terminar ali mesmo o seu amor por ela? Que o tivesse deixado tão devastado sentindo-se traído? O que poderia ter ela feito de tão horrível que colidia com os valores e ideais morais de Macário?
“Vai-te!”. Foram as últimas palavras de Macário a Luísa, as palavras que terminaram um amor tão profundo, digno de contos e histórias que atravessam as gerações.
Na verdade, quem ler este conto apercebe-se que Luísa era, como se disse sem rodeios, “uma rapariga loira e singular”.

                                                                                                                   Filipa Paula, Nº 10, 10º A